Telma Santos

O equilíbrio financeiro aumenta o bem estar e a tranquilidade, afinal, com as contas em dia, fica mais fácil cuidar do que realmente importa. Desse modo, surge a questão: como se organizar financeiramente?

Em suma, você deve aprender a se organizar ao longo do mês para que o dinheiro chegue até o final do mesmo e, aos poucos, montar uma pequena reserva de dinheiro para não sofrer com imprevistos.

Quer aprender como fazer isso e começar a alcançar seus objetivos e sonhos sem precisar passar sufoco? Então continue a leitura e veja como estabilizar sua vida financeira com 7 dicas práticas.

Como começar a se organizar financeiramente?

Por mais que falar sobre como se organizar financeiramente seja essencial, antes disso, temos que dar um passo para trás. Isso porque, o primeiro passo de quem quer melhorar as contas pessoais é entender o que é a educação financeira.

Ser educado financeiramente, em resumo, significa entender como cuidar do próprio dinheiro, fazê-lo não faltar e investir para que renda mais no futuro. Ter isso em mente é importante para acertar sua vida financeira e, consequentemente, ter uma vida mais tranquila.

Ao colocar em prática as dicas que daremos a seguir e entender que dinheiro não é um problema e sim um facilitador, você poderá deitar a cabeça no travesseiro com muito mais tranquilidade. Afinal, sua cabeça não vai ficar rodando com pensamentos sobre dívidas, contas a pagar e outros assuntos parecidos.

Então, vamos deixar a falta de controle financeiro para trás e tomar melhores decisões a partir de agora?

7 Dicas de como se organizar financeiramente

Para fugir do fantasma do endividamento ou mesmo para ter uma garantia de vida melhor, se organizar financeiramente é o começo. 

Com as contas planejadas você pode se permitir seguir seus sonhos e, ainda, investir algum dinheiro já projetando um futuro mais equilibrado e sem dor de cabeça financeira.

Confira, em seguida, 7 dicas que vão lhe ajudar a assumir as rédeas das finanças pessoais:

Saber quanto ganha e quanto gasta

Um dos primeiros passos para começar a se organizar financeiramente é saber exatamente quanto você recebe de honorários e quanto gasta mensalmente. Mesmo que seja autônomo, você precisa saber quanto vai entrar de dinheiro no início do mês para, assim, planejar todo o resto.

Nesse sentido, você pode usar um aplicativo de controle financeiro ou mesmo um caderninho. O importante é registrar todas as entradas e saídas. A partir disso, você tem noção de qual o seu custo de vida e se pode bancar esse valor. 

Mas, já vou avisando: se estiver saindo mais dinheiro do que entrando, é hora de ligar o alerta e cortar gastos.

Depois que tiver as anotações, você pode fazer um planejamento financeiro, projetando os gastos fixos com aluguel, seguro de saúde, escola, contas da casa e o que mais vence todos os meses. Além disso, projete também seus gastos supérfluos, que não são obrigatórios nem fixos todos os meses, mas sempre estão aí.

Com tudo devidamente anotado, você já sabe onde vai usar seu dinheiro e agora é só seguir o que foi planejado para que, aos poucos, comece a sobrar alguma grana.

Estabelecer objetivos

Junto ao planejamento financeiro você deve estabelecer alguns objetivos. É aqui que entra, por exemplo, um plano para fazer uma viagem, casar, comprar um imóvel ou qualquer outro objetivo de vida que você tenha.

Por exemplo, se você quer fazer uma grande festa de casamento, tem como se organizar financeiramente para isso. Claro que o dinheiro não vai surgir do dia para a noite, mas se você manter o foco, sua meta será mais alcançável.

Voltando ao plano da festa, você pode estipular quanto pretende gastar nesse evento e quanto pode economizar todos os meses para que se torne real. Caso entenda que vai demorar demais para realizar, é interessante buscar mais alguma fonte de renda.

Para uma viagem, você também pode se planejar ao longo dos meses. Nesse sentido, reserve uma quantia por mês para conseguir pagar o passeio à vista e não precisar fazer crediários com juros.

Enfim, para tudo que você quiser fazer na vida, vale a pena criar metas e focar em cumprí-las. Sem dúvida, essa é a maneira mais correta de atingir seus sonhos.

Consolidar e pagar dívidas

Outra dica para quem procura como se organizar na vida financeira é consolidar e quitar as dívidas, caso você tenha. Esse cuidado ajuda a evitar que seu CPF fique negativado e tenha restrições de crédito no futuro. E, se já está com o nome sujo junto ao SPC ou SERASA, pode conseguir limpá-lo.

Em síntese, para consolidar as dívidas você deve juntar em um único bolo todas as contas em atraso e procurar soluções para elas. Há quem aposte em contratar um crédito pessoal ou consignado que tenha juros mais baixos que as dívidas atuais, pagar tudo e, por fim, ficar apenas com uma prestação.

Você também pode negociar com cada credor e ir pagando primeiro as dívidas com juros mais elevados. Em geral, essas contas costumam ser as de cartão de crédito e crédito rotativo.

Encontrar uma maneira de ganhar mais e gastar menos

Existe muita gente que vende a ideia de que, para conseguir organizar as finanças pessoais, você precisa cortar o cafezinho depois do almoço. Mas, antes de chegar nele, tem mais algumas coisas que você pode fazer para gastar menos.

Primeiro de tudo, coloque na ponta do lápis todos os seus gastos, como já falamos antes. Depois disso, analise as contas e veja o que pode cortar. Por exemplo, se você assina vários serviços de streaming, você pode manter apenas um por algum período e ir trocando com o tempo.

Também é válido reduzir o consumo de comida fora de casa ou pedidos de delivery, comprar algumas marcas mais baratas de alimentos para ver se são boas (se der certo, é garantia de economia), reduzir o número de atividades de lazer que tem custo, etc.

Além disso, vale a pena buscar alternativas para ganhar mais. Isso vale, especialmente, para quem procura como se organizar financeiramente ganhando pouco. Você pode tentar fazer uma renda extra, melhorar seu desempenho no trabalho para obter uma promoção ou até mesmo investir em estudos para conseguir uma posição melhor no futuro.

Montar uma reserva financeira 

A partir do momento que você quitar suas dívidas, pode começar a pensar em outras estratégias para se organizar financeiramente. Nesse sentido, ter uma reserva financeira para momentos de crise é uma das coisas que você precisa fazer sim ou sim.

Essa reserva pode ser equivalente a mais ou menos 6 meses do seu custo de vida (aquele que você já calculou lá na primeira dica), e pode ser aplicada em uma poupança ou títulos públicos.

Claro que, você não vai conseguir montar essa reserva do dia para a noite, mas é válido ir aumentando o montante guardado aos poucos. Coloque a sua reserva de emergência nas metas e, assim, comece a guardar dinheiro de forma regular.

Posteriormente, caso surja uma emergência médica, caso perca o emprego ou tenha algum imprevisto, esse dinheiro lhe garante alguma segurança. Só preste atenção para não gastar o valor com coisas que não são urgentes como, por exemplo, viagens, compras de Natal ou pagamento de impostos (essas contas entram no planejamento).

Investir no futuro

Depois que tiver sua reserva pronta, é hora de planejar parte do seu futuro e começar a investir dinheiro para que ele renda mais. Aqui, queremos que saiba que existem opções com diferentes riscos e rentabilidades e você pode escolher aquilo que faz sentido para seus objetivos.

Só lembre-se de estudar bastante sobre esse tema e não acreditar em promessas de ganhos rápidos ou em golpes de falsas empresas. Mas, antes que desista, saiba que é fácil encontrar opções e empresas confiáveis para aplicar seu dinheiro!

Primeiro de tudo, sempre faça isso por meio de corretoras de valores autorizadas pelo Banco Central. Em segundo lugar, não acredite em pessoas que lhe prometem 5%, 10% ou outros ganhos absurdos em 30 dias, isso não existe e provavelmente você está diante de um esquema de pirâmide.

Então, escolha ativos de renda fixa ou variáveis e aplique seu dinheiro pela corretora que achar mais conveniente. Pode demorar um pouco, mas você começará a colher os lucros disso. 

Leia mais: Quais são os investimentos que rendem mais

Revisar o planejamento financeiro de tempos em tempos

Basicamente, nas dicas anteriores, passamos por um processo de organização financeira, criação de metas, pagamento de dívidas, maneiras de fazer o dinheiro render, criação de uma reserva e, por fim, investimentos.

No entanto, uma pessoa que se organiza bem financeiramente também precisa saber revisar todos esses pontos de tempos em tempos. A frequência dessa análise pode ser semestral ou anual.

O importante é revisar de novo seus gastos, conferir se suas metas fazem sentido, ver se já deu conta das dívidas e assim por diante. Isso garante que seus planos estejam sempre em dia.

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